Segundo a advogada, o comerciante Ricardo Rocha, de 48 anos, que se coloca como filho de Augusto Liberato, pode entrar com uma ação investigatória de paternalidade — com o potencial de suspender o inventário e o testamento.
“Isso muda todo o cenário da história porque, se entrar mais um herdeiro, o direito dele pode estar diminuído ou até mesmo extinto, porque não vai restar mais nada da herança se esse testamento continuar sendo válido e se ele continuar sendo regido pelo ato de última vontade do Gugu”, declarou Vanessa.
Ela explicou que, caso os herdeiros de Gugu se recusem a realizar o exame de DNA, a Justiça pode até efetivar a paternidade de forma presumida. “É o que prevê a lei”, afirma.
Entenda o caso
O comerciante Ricardo Rocha, de 48 anos, alega ser filho de Gugu e pede, em uma ação que tramita sob segredo de Justiça, que os irmãos se submetam ao exame de DNA para confirmar a tese.
O caso foi revelado nesta quarta-feira (21) pela coluna da jornalista Mônica Bergamo e confirmado pela CNN. À reportagem, Rocha disse que quer apenas ser reconhecido como filho e que conviveu com essa história durante toda a infância.
“Desde criança eu escuto essa história de ele ser o meu pai”, contou.
O advogado do pedido de reconhecimento de paternidade, Antônio Camilo Brito, orientou que o suposto filho de Gugu não falasse muito, mas Rocha afirma possuir documentos que podem provar o que fala.
A ação pede até a exumação do corpo de Gugu, caso os supostos irmãos não forneçam material genético.
“O que posso falar é que hoje me arrependo de não ter ido atrás do meu pai antes”, disse o comerciante.
Herança bilionária
Desde a morte de Gugu, em novembro de 2019, familiares travam na Justiça uma disputa pelo patrimônio, avaliado em R$ 1 bilhão. Na última terça-feira (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) validou o testamento deixado por Gugu, que estipula que 75% bens fique para os filhos e outros 25% a cinco sobrinhos.
Com a última decisão, Rose Miriam Di Matteo, mãe dos três filhos já reconhecidos de Gugu, fica de fora da herança. Ela entrou com um recurso especial no STJ pedindo a revisão do testamento e da distribuição do que consta no testamento.
O processo de reconhecimento de união estável, movido pela viúva, continua normalmente. Nelson Wilians, que representa as filhas de Rose, informou à CNN que não há motivo para que suas clientes se recusem a colaborar com um pedido de exame de DNA e afirma, por nota, que “se ficar comprovada a paternidade, isso invalida o testamento.”
Entrevista produzida por Renata Souza; com informações de Maria Clara Alcântara, Marcos Guedes e Bruno Laforé
Flávio Ismerim
Fonte: www.cnnbrasil.com.br
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