No último sábado (26), Pacheco criticou o advogado Ezequias Alves da Silva, que é negro, de ser um "preto se juntando a uma oligarquia, preto prestigiando quem se acha monarca".
O pano de fundo é a sucessão na presidência da seccional paulista da entidade de classe dos advogados. Ezequias, também conselheiro da OAB-SP, apoia uma das chapas de oposição, encabeçada por Caio Augusto Silva dos Santos.
Santos tem como vice Angela Gandra Martins, que foi secretária da Família no governo de Jair Bolsonaro e é filha do jurista Ives Gandra, referência para bolsonaristas. O fato foi mencionado por Pacheco na crítica ao colega.
Pacheco, por sua vez, apoia o candidato da situação, Leonardo Sica, atual vice da OAB-SP. Ele era candidato a integrar o conselho, e também abriu mão de disputar o cargo em razão da polêmica.
O advogado recebeu diversas críticas. Ele reconheceu que cometeu um erro e apagou a postagem.
Em nota, Pacheco afirmou que "a decisão foi motivada pelo compromisso com a integridade da chapa e por coerência com as pautas da gestão, com enfoque nas políticas de equidade racial e antirracistas".
Ao Painel, o advogado disse que repudia a acusação de ser racista.
"Reconheço que me excedi. Mas repudio veementemente a pecha de racista. Na Comissão de Direitos e Prerrogativas, fiz algo que nunca existiu, criei uma vice-presidência exclusiva para representar advogados negros. Portando, no meu caso não são apenas falas, são fatos", declarou.
Ele disse também que decidiu renunciar porque o caso vinha sendo explorado de forma "leviana" pela oposição.
Postagem do advogado Luiz Fernando Pacheco contra o colega Ezequias Alves da Silva - Reprodução
Painel
Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
Fonte: @folhadespaulo
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