Edinaldo foi encontrado morto em uma residência do Bairro Atalaia em Aracaju. Segundo informações do G1, não foram encontrados sinais de violência. Serão realizados exames para apurar a causa da morte.
Doutorando e mestre em Direitos Humanos pela USP, e especialista em Direitos Humanos pela Uneb - Universidade do Estado da Bahia, sua trajetória é marcada pela busca por igualdade e respeito aos direitos humanos, tendo atuado com dedicação aos projetos de melhoria do Poder Judiciário.
No CNJ, dedicou esforços à importante pauta da adoção, trabalhando arduamente para facilitar e agilizar os procedimentos em prol das crianças e adolescentes que buscam um lar. Teve, ainda, especial atenção ao sistema socioeducativo, na proteção dos jovens em conflito com a lei.
O presidente do CNJ e do STF, ministro Luís Roberto Barroso, lamentou profundamente o falecimento. "Envio meus mais sinceros sentimentos aos amigos e aos familiares."
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania também publicou nota de pesar. O órgão pontuou que o juiz integrou comitiva do governo brasileiro que esteve na missão em Genebra, neste mês de maio, e agradeceu o juiz pela contribuição na defesa dos direitos das crianças e adolescentes. "O Brasil perde hoje um grande defensor dos direitos humanos. Nossa solidariedade à família e aos amigos."
Em nota, o TJ/SE destacou que a trajetória de Edinaldo César Santos Júnior foi marcada pela competência, dedicação e ética, sempre pautada pela defesa da Justiça e pelo compromisso com o fortalecimento do Poder Judiciário sergipano e brasileiro.
"No TJ/SE, sua atuação foi exemplar, sendo reconhecido pelo profissionalismo, sensibilidade e espírito público. No CNJ, contribuiu significativamente para importantes projetos e políticas institucionais em prol da eficiência e da modernização do Judiciário, notadamente nas áreas da infância e juventude e direitos humanos."
A OAB Nacional também emitiu nota lamentando o falecimento. A Ordem destacou que o magistrado é reconhecido por sua atuação na promoção da equidade racial no Judiciário, e foi um dos idealizadores do Enajun - Encontro Nacional de Juízes e Juízas Negros.
"Perdemos um magistrado comprometido com a Justiça social e com o fortalecimento da democracia. Sua atuação deixa um legado que seguirá inspirando a advocacia e o Judiciário brasileiro", afirmou o presidente da Ordem, Beto Simonetti.
De acordo com a secretária-geral do Conselho Federal, Rose Morais, "o juiz Edinaldo César foi um defensor incansável da inclusão e da igualdade racial no sistema de Justiça. Sua trajetória honra a magistratura e nos convoca a seguir firmes no combate ao racismo institucional".
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