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Juiz 4ss4ssin4do no próprio gabinete comandava rede de favores s3xu4is, diz vítima

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Via @otempo | A americana Tya Adams, suposta vítima de extorsão sexual, denunciou que o juiz Kevin Mullins, assassinado no Condado de Letcher, Kentucky (EUA), coordenava uma rede que forçava mulheres a prestarem favores sexuais para evitarem problemas com a justiça. A denúncia foi apresentada esta semana durante entrevista ao programa "Banfield" da emissora NewsNation, onde Adams descreveu o tribunal como um "bordel".

Durante a entrevista, Adams detalhou sua participação no "esquema de sexo por favores" na pequena cidade de Whitesburg. Ela afirmou que Mullins, morto em setembro de 2024, e outros envolvidos exigiam relações sexuais como moeda de troca para livrar pessoas de suas responsabilidades legais, e que o juiz a havia instruído a não revelar informações sobre "a rede sexual".

O caso ganhou destaque após Mullins ser baleado em seu gabinete no ano passado. O autor dos disparos teria sido o xerife Shawn Stines, amigo próximo do magistrado. As autoridades ainda não esclareceram oficialmente o motivo do crime, mas investigadores suspeitam de ligação com as denúncias de "extorsão sexual".

Adams explicou o funcionamento do esquema em seu depoimento à emissora. "Fazíamos festas de sexo, fazíamos shows e fazíamos sexo com eles, coisas assim". "Era consensual. Mas era o fato de sermos tão jovens, e então eles usaram isso contra nós e para destruir nossas vidas mais tarde". "Eles faziam questão de fazer você se sentir o mais pequena, degradada e menosprezada possível para tirar seu poder", declarou.

A denunciante também mencionou que o comportamento era comum na comunidade. "Quem acreditaria nisso, afinal? Porque a cidade inteira estava fazendo isso". "Ninguém se importa. Eles são todos swingers". "É tudo uma grande festa para eles. Era tão normal", acrescentou.

O caso envolve diversas vítimas supostamente coagidas pelo juiz e outros funcionários do sistema judiciário em Whitesburg. As atividades ilícitas aconteciam no próprio tribunal do Condado de Letcher, incluindo o gabinete do magistrado.

A ex-vice-chefe da penitenciária do Condado de Letcher, Sarah Davis, confirmou à NewsNation que conhecia histórias "desagradáveis e repugnantes" sobre as festas organizadas pelo grupo. "Praticamente todo mundo no condado sabe". "Mas isso me foi confirmado depois de trabalhar na cadeia do condado, especialmente depois de eu mesmo ter sido convidado para uma festa", afirma.

Outra mulher que apresentou denúncias contra o "esquema", Sabrina Adkins, alega que durante uma investigação criminal em 2022 foi coagida pelo então xerife adjunto Ben Fields a realizar favores sexuais para conseguir permanecer em prisão domiciliar. Segundo ela, isso fazia parte do esquema comandado por Mullins. Em seu depoimento à polícia, Sabrina declarou que, "Eu vi o juiz Mullins fazendo sexo com uma garota no gabinete dele".

A investigação sobre o caso continua em andamento. Não foram divulgados detalhes completos sobre possíveis acusações formais contra outros envolvidos no suposto esquema.

Testemunhas relataram que Stines e Mullins tiveram uma discussão acalorada na sala do magistrado pouco antes do crime. O xerife não revelou publicamente sua motivação para o homicídio.

Fonte: @otempo

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