Três homens são os principais cotados para a vaga. O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas, o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União) Jorge Messias e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Da esq. para a dir., o ministro do TCU Bruno Dantas, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o senador Rodrigo Pacheco
Há ainda pressão para que Lula escolha uma mulher para o cargo. A substituição de Rosa Weber por Flávio Dino deixou o tribunal com somente uma ministra, Cármen Lúcia. O outro indicado por Lula no atual mandato foi Cristiano Zanin.
Para a vaga de Barroso, O nome da atual presidente do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth, corre por fora.
Outros dois nomes com bom trânsito no Palácio do Planalto que disputam a bênção de Lula são do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius Carvalho, e de Wellington César Lima e Silva, atual advogado da Petrobras e ex-secretário de Assuntos Jurídicos da Presidência.
Mas Dantas, Messias e Pacheco são hoje tidos como os nomes mais prováveis para a vaga.
Dantas é ministro do TCU e presidiu a corte durante as eleições de 2022. É próximo do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e amigo dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
A saída do TCU ainda abriria vaga para indicação ao tribunal, com a possibilidade de fazer uma arquitetura para emplacar aliados nas cortes.
Jorge Messias tem menos trânsito político que Dantas, mas sua relação próxima com Lula é um dos diferenciais na disputa. O atual ministro da AGU já foi cotado para uma das cadeiras do Supremo com a aposentadoria de Rosa Weber.
Nas indicações anteriores ao Supremo, o presidente Lula definiu com um dos critérios determinantes para sua escolha a proximidade e lealdade do futuro ministro. Nesses pontos, Messias saí à frente dos demais candidatos à vaga.
Rodrigo Pacheco é um dos principais cotados. Ex-presidente do Senado, é advogado e tem o interesse de ir ao Supremo conhecido por ministros da corte e integrantes do governo Lula. Ele tem a seu favor um cenário mais amigável para sabatina e aprovação no Senado.
O projeto político de Lula para Pacheco era outro. O presidente o quer candidato ao governo de Minas Gerais em 2026. A indicação para o Supremo poderia embaralhar os planos do Palácio do Planalto para o estado.
Numa reunião social em agosto, Gilmar Mendes disse que sua escolha para a próxima cadeira no Supremo seria o do senador, como mostrou a colunista Mônica Bergamo.
"A Corte precisa de pessoas corajosas e preparadas juridicamente", disse o ministro. "E o senador Pacheco é o nosso candidato. O STF é jogo para adultos", completou.
Barroso anunciou sua aposentadoria do tribunal nesta quinta-feira (9), no final da sessão de julgamentos.
"Sinto que agora é hora de seguir outros rumos. Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e exigências do cargo", disse, emocionado.
Ele deixou o Supremo após 12 anos e 3 meses vestindo a toga. Sua aposentadoria por idade só chegaria em 2033, mas ele decidiu antecipar a saída após concluir o período na presidência do tribunal.
"Não carrego nenhum arrependimento, nem nunca tive medo de nada. E não falo isso por pretensão ou arrogância, mas por minha crença mais profunda. a de que o universo protege as pessoas que se movem por bons propósitos", afirmou.
Cézar Feitoza e Ana Pompeu
Fonte: @folhadespaulo
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