Segundo o site MetroUK, o homem, que mora no Reino Unido e é pai de três filhos com a vítima, conheceu a namorada ainda na adolescência e tornou-se violento com seis meses de namoro. Em outubro do ano passado, ele chegou a estrangular a vítima quando estava com raiva. Na ocasião, ele jogou a jovem contra a parede, erguendo o corpo dela, fazendo-a ficar com os pés distantes do chão. A mulher acredita que a situação ocorreu após o homem aceitar que ela conseguisse um emprego dois dias antes.
Além das exigências dos trajes da vítima, Daniel ainda escolhia com quem a namorada poderia falar e não permitia que a mulher tivesse um telefone celular durante boa parte do relacionamento. A promotora Katy Rafter afirmou durante o julgamento na Corte de Hull que a vítima perdeu peso e viveu situações dolorosas ao lado do acusado, informou o site Hull Daily Mail.
Rafter ainda destacou que o homem “só ficou mais paranoico” depois que a vítima conseguiu o emprego e, um mês depois de estrangulá-la, em novembro, a mulher decidiu terminar o relacionamento após receber ameaças quando estava junto com sua irmã. No entanto, o homem se recusou a sair do local e socou a porta antes que a polícia o prendesse.
“Ela [a vítima] questionou se tinha feito a coisa certa em ir à polícia, mas diz que com o passar dos dias as coisas ficaram mais fáceis, sua saúde melhorou, ela engordou, está mais feliz, menos estressada e se sente capaz de fazer coisas como usar as redes sociais e maquiagem. Agora as crianças estão bem e também parecem mais felizes.”
A advogada de defesa de Daniel, Rachel Scott, alegou que o homem pediu desculpas e sofre de ansiedade e depressão, destacando que o homem trabalhava na construção civil antes de perder o emprego na pandemia. Rachel ainda ressaltou que o cliente ama os filhos e disse que a vítima desejava que o acusado recebesse ajuda em vez de ser punido.
Já o registrador Ian Mullarkey discorreu sobre o caso afirmando que as violências aplicadas por Daniel contra a vítima ocorriam por uma “distorção de seu próprio senso de insegurança e paranoia”.
“Você a controlou proibindo-a de usar maquiagem, escolhendo suas roupas, dissuadindo-a de ver os amigos, que ela saísse sozinha e até impedindo que ela tivesse um telefone celular. Por causa de sua conduta violenta para com ela, ela ficou com medo do que poderia acontecer se ela não cumprisse suas instruções. Você usou as crianças como arma contra ela. Seus problemas de saúde mental não justificam seu comportamento em relação [à vítima].”
Daniel foi condenado a 16 meses de prisão e proibido de entrar em contato com a ex-namorada pelo período de cinco anos.
FolhaPress
Fonte: www.emaisgoias.com.br
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