O advogado representava o pai da criança como assistente de acusação no processo que apura a morte do garoto, em março do ano passado, mas deixou o caso em agosto.
Em janeiro deste ano, Flavio passou a defender o ex-vereador Jairinho em uma ação em que o político é acusado de tortura contra a filha de uma ex-namorada.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teria ocorrido entre os anos de 2011 e 2012. A primeira audiência estava marcada para o mês passado, mas foi adiada devido à troca de advogados.
No documento enviado à OAB, Leniel diz que o advogado teve acesso a informações privilegiadas sobre o caso Henry por meio de ligações, mensagens e reuniões. Ele afirma que o advogado passou a defender Jairinho mesmo depois de dizer, em reuniões e conversas pessoais, que acreditava que o ex-vereador e a mãe do menino, Monique Medeiros, seriam os autores do crime.
O pai de Henry pede a apuração da conduta ética do profissional, a aplicação de sanções administrativas e o afastamento compulsório do processo por possível atuação conflitante.
Procurado pela BandNews FM, Flávio Fernandes negou que tenha tido acesso a informações privilegiadas e reforçou que não está atuando no caso Henry e não realizou qualquer ato processual enquanto ainda representava Leniel Borel.
"Eu recebi com estranheza e até com certa surpresa uma representação contra mim na OAB. Não guarda relação com o caso Henry. Essa representação é despropositada."
A mãe de Henry, Monique Medeiros, e o ex-vereador Jairinho estão presos desde abril e respondem por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação a testemunhas.
Na última audiência do caso, realizada na semana passada, a mãe da criança foi interrogada por mais de 10 horas. Já o político vai voltar a ser ouvido no dia 16 de março.
Pedro Dobal
Fonte: www.band.uol.com.br
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