Analista do MPDFT ajudava criminosos por meio de jovens advogados

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Via @metropoles | Jovens advogados ouvidos pela Polícia Civil (PCDF) confirmaram que o analista do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Suedney dos Santos (foto em destaque) atuava diretamente na defesa das causas da rede de empresas investigadas no âmbito da Operação Old West.

O analista era quem escolhia os advogados responsáveis pelos processos e, diante da saída de qualquer deles das causas, ditava as regras para a substituição.

Como não pode advogar em razão do cargo, Suedney se valia das inscrições de jovens advogados para agir e repartia com eles os honorários. O analista ficava com a maior parte dos valores obtidos com as causas.

Advogados que prestaram depoimento à PCDF detalharam que o analista exigia os valores referentes a alvarás expedidos em favor das empresas investigadas. As quantias deveriam ser creditadas diretamente na conta dele.

Uma das advogadas cooptadas pelo analista mora atualmente em Portugal e foi ouvida pela polícia na tarde dessa quarta-feira (3/1), por videoconderência.

Ela atuou na defesa de empresas investigadas e repassou valores referentes a um alvará judicial para Suedney, em novembro de 2023.

Operação Old West

Durante buscas, equipes da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) encontraram inúmeros documentos escondidos na casa do principal alvo da Operação Old West, o empresário Ronaldo de Oliveira, investigado por usar “laranjas” para lavar R$ 31 milhões. Os itens estavam em pastas e malas no chão da laje, em local de difícil acesso e próximos a uma caixa d’água.

Os investigadores acharam diversos recibos de pagamentos para o analista do MPDFT, feitos entre 2017 e 2019. Somados, os depósitos totalizavam R$ 140 mil. Os comprovantes estavam em uma pasta que tinha o nome de Suedney dos Santos seguido da expressão “advogado”.

Os valores foram creditados nas contas da esposa e da mãe do servidor público, segundo as investigações. Além disso, os policiais identificaram o pagamento de uma fatura de cartão de crédito em nome do analista, que segue foragido.

Carlos Carone e Mirelle Pinheiro
Fonte: @metropoles

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