Grupo LGBT recorre na Justiça para tornar réu jogador que escolheu a camisa 25, ao invés de jogar com a 24 na seleção

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pode ser obrigada a usar o número 24 em um de seus jogadores na Seleção Brasileira durante a Copa América. Nesta segunda-feira, a Justiça foi acionada com pedido liminar para que o Brasil passe a ter jogador com este número no uniforme. O Esporte News Mundo teve acesso a detalhes do caso.

Além disto, uma multa de R$ 460 mil é solicitada, no equivalente a 5% do que a CBF receberá da Conmebol pela simples participação na Copa América, caso não cumpra com o uso do número 24 em umas das camisas dos jogadores do Brasil na competição sul-americana de futebol. Este valor será revertido em projetos sociais no campo da diversidade.

Este novo processo acontece depois da primeira ação, feita pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, na 10ª Vara Cível da Capital do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), a CBF ter explicado que não usou o número 24 “em razão de sua posição (meio campo) e por mera liberalidade optou-se pelo número 25”, já que justamente o 25, Douglas Luiz, é meia, e não defensor – conforme o ENM antecipou.

Douglas Luiz, inclusive, foi colocado como réu da Ação Civil Pública, agora ajuizada. “Forçoso concluir que o jogador Douglas ou qualquer outro que compõe a seleção saberia afirmar a simbologia histórica construída sobre o número 24, tornando inconteste que o mesmo diga que é somente uma escolha deliberada, sem razão de fundo”, detalhou a organização em seu pedido liminar.

O caso aguarda decisão do juiz Ricardo Cyfer, que deve sair a qualquer momento. Inicialmente, o pedido de liminar era, inclusive, para o uso do 24 já na semifinal da Copa América, na noite desta segunda-feira, contra o Peru, no Nilton Santos. Entretanto, como a decisão não foi proferida ainda, terá seus pedidos emendados para a final da competição, marcada para sábado, no Maracanã, caso a Seleção Brasileira avance.

“Por regra da CONMEBOL, Copa do Mundo, Olimpíada só se convocam, respectivamente, 23 jogadores para os dois primeiros e 22 para os jogos olímpicos. Logo, a questão tem que ser decidida AGORA, na Copa América, pois permitiu-se inscrever acima de 23 jogadores. A informação quanto à referida liberalidade é contraditória. O Jogador Douglas é meio campo, Ederson é goleiro, o terceiro da seleção. Aqui não se discute”, afirmou a defesa, completando:

“O argumento de que o número 25 se ajusta mais a um meio campista do que o 24, não se sustenta, pois o número dele deveria ser 28 em diante, pois os anteriores a este, seriam todos da defesa. Entre as demais nove seleções da Copa América, num universo de 10, o número 24 é usado por: 4 meio campistas, 2 atacantes e 3 defensores. A simples dimensão do caso em si obriga a CBF a trocar a camisa 25 pela 24, ou seja, fazer o jogador Douglas Luiz vestir a camisa, ressaltando e podendo então deixar mais claro que não há omissão por parte da Requerida”.

Segue a organização: “Assim, entende-se que a não utilização da camisa de número 24 na seleção brasileira, pelos motivos histórico-culturais anteriormente expostos, é uma alusão e ou referência que ofende imensamente a comunidade LGBTQIA+, cabendo a busca pela obtenção de explicações em juízo. O interesse jurídico para agir em juízo por meio de ação civil pública com obrigação de fazer objetiva que se determine a mudança da camisa frente a proveito futuro próximo, na medida em que a Copa América ocorre em vigência”.

Confira a seguir o dispositivo da Ação Civil:

“Considerando periculum in mora de conclusão da participação da primeira ré, CBF-Confederação Brasileira de Futebol no Torneio da Copa América, com a promoção de uma posição institucional discriminatória, REQUER, seja concedida MEDIDA LIMINAR, diante do fumus boni iuris, para determinar que o time da Seleção do Brasil, no confronto com o time da Seleção do Peru, no dia de hoje, 05 de Julho de 2020, 20h, no Estádio Nilton Santos, substitua a camisa de número 25 do segundo réu Douglas Luiz Soares de Paulo pela de número 24, estando este escalado no time titular ou mesmo no quadro reserva no banco.

Considerando periculum in mora da conclusão da participação da primeira ré no Torneio da Copa América, com a promoção de uma posição institucional discriminatória, REQUER seja concedida MEDIDA LIMINAR, diante do fumus boni iuris, que o segundo réu, DOUGLAS LUIZ SOARES DE PAULO, no confronto com a Seleção do Peru, no dia de hoje, 05 de Julho de 2020, às 20h, no Estádio Nilton Santos, vista a camisa de número 24 no lugar da de número 25;

Considerando, conforme demonstrado nesta Ação, a capacidade financeira da primeira ré,

que, somente por estar no torneio da Copa América receberá da CONMEBOL, US$ 4 milhões (aproximadamente R$ 23 milhões) e US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 57 milhões) caso seja campeã, seja fixada uma multa de R$ 460.000,00 (quatrocentos e sessenta mil) pelo descumprimento, o equivalente a 5% do valor relativo à participação da mesma, na forma do Art. 537, §2º do CPC, considerando recentes precedentes do STJ-Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.840.693/SC e 1.819.069/SC), que serão revertidos em projetos sociais no campo da diversidade;

Seja a primeira ré instada a uma reparação através de um pedido público de escusas à

sociedade pelo dano causado, especialmente ao segmento LGBTIA+, cujos termos e meio de exibição deverão ser submetidos à requerente e homologado por este Juízo, sob a penalidade aplicada no item “e” dos pedidos, de forma independente daquela;

Pugna por todos os meios de provas admitidos, a prova documental, testemunhal e pericial, além dos depoimentos pessoais dos réus. Antecipadamente, requer sejam intimada como testemunha o Senhor Oswaldo Giroldo Júnior (Juninho Paulista), sem prejuízo de outras a serem arroladas oportunamente, assim como eventual prova superveniente”.

Fonte: Esporte News Mundo

6/Comentários

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  1. É um verdadeiro absurdo o que essa associação tenta fazer, pleiteando o desrespeito às liberdades individuais por meio de um patrulhamento ideológico que nada tem a ver com o direito à vida ou com a dignidade humana. Se no exterior acontece de jogadores muçulmanos se negarem a usar o logotipo de patrocinadores vinculados a jogos de azar, álcool ou qualquer outra atividade ou produto que vá contra a religião deles, toma dimensões ainda mais espúrias essa perseguição deliberada à CBF e aos profissionais envolvidos no setor, e também contra a fé cristã seguida pela imensa maioria dos brasileiros e naturalmente a maioria dos jogadores de futebol brasileiros.

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  2. “Assim, entende-se que a não utilização da camisa de número 24 na seleção brasileira, pelos motivos histórico-culturais anteriormente expostos, é uma alusão e ou referência que ofende imensamente a comunidade LGBTQIA+ [...]"

    Ou seja: se o jogador não se identifica com essa comunidade e não quer usar a camisa que, segundo a própria comunidade, faz alusão a ela, seria uma violação ao princípio da dignidade humana, uma vez que vai de encontro com sua individualidade e liberdades individuais. O que vejo nada mais é do que a militância escancarando seu caráter totalitário. Não querem simplesmente respeito: querem enfiar goela abaixo seu estilo de vida, como numa espécie de vingança opressora. Se isso não é neofascismo, não sei mais o que seria.

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  3. Espero que o magistrado julgue com técnica, justiça e humanidade, ou seja, mande esse Grupo Arco Íris procurar o pote de ouro no fim do arco íris, por não terem o que fazer. Pior é o Advogado que se presta a peticionar uma aberração dessa. Fosse eu o Juiz, ordenaria que ele vestisse a camisa 23,9. Aguardo o processo, caso necessitem, passo minha qualificação "in box".

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  4. COMO MEU CASAMENTO FOI RESGATADO PELO TRABALHO PODEROSO DE UM GRANDE ESPIRITUALISTA * ESTOU TÃO GRATUITO A ELE POR ME AJUDAR !!!.

    Estou casado há 10 anos e tenho 2 filhos. Conheci meu marido quando tinha apenas 14 anos no colégio. Já passamos por bons e maus momentos, bem como por muitos dos principais marcos da vida, ao longo dos anos em que estivemos juntos. Ainda vejo aquele gostoso de 17 anos quando olho para ele todos esses anos. Tivemos altos e baixos, brigas de gritos, sexo inventado e desentendimentos. Mas à medida que nos aproximamos da meia-idade, algo mudou nele. Depois de estar em relacionamento com ele por anos, ele terminou comigo, fiz todo o possível para trazê-lo de volta, mas tudo foi em vão, eu o queria de volta por causa de o amor que tenho por ele, implorei a ele, fiz promessas, mas ele recusou.
    Expliquei meu problema para alguém que conheci na internet e ela sugeriu que eu preferisse entrar em contato com um espiritualista, Dr.Wealthy o grande espiritualista e que ele poderia me ajudar a lançar um feitiço que trará meu marido de volta, mas eu sou do tipo que nunca acreditei em feitiço, não tive escolha a não ser contatá-lo, mandei um e-mail para o lançador de feitiço, e ele me disse que não havia problema que tudo ficaria bem antes de sete dias, que meu Ex voltará para mim depois de sete dias, ele fez sacrifícios e lançou um feitiço e surpreendentemente no sétimo dia, era por volta das 17 horas, meu ex me ligou, fiquei tão surpreso, atendi a ligação e tudo o que ele disse foi que estava tão arrependido de tudo o que aconteceu, e que ele queria que eu voltasse para ele, que ele me ama tanto. Fiquei tão feliz e fui até ele, foi assim que começamos a viver juntos felizes novamente com nossos 2 filhos que ele abandonou comigo. Desde então, prometi que qualquer pessoa que conheço que tenha um problema de relacionamento, eu ajudaria essa pessoa, referindo-a ao único genial e poderoso lançador de feitiços que me ajudou com meu próprio problema.
    Aconselho veementemente que qualquer pessoa com problemas semelhantes em seu relacionamento ou algo diferente deve, sem hesitação, entrar em contato com o genial e poderoso espiritualista através de seu e-mail: wealthylovespell@gmail.com

    Número do Whatsapp: +2348105150446


    * DEUS É VERDADEIRAMENTE FIEL *

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  5. A cada dia mais o judiciário é usado para difundir atitudes esdrúxulas, de pessoas ainda mais esdrúxulas. Quem defende a liberdade deve respeitar a liberdade do outro em vestir o que o faz sentir-se bem e não o que é politicamente correto. Estou cada vez mais farta disso. Afff.

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