Marcelo é vocalista da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na boate no dia da tragédia, em janeiro de 2013, em Santa Maria (RS). Foi o cantor quem levantou o artefato pirotécnico aceso durante o show. As chamas encostaram na espuma acústica do teto e começaram o incêndio. Além dele, são réus no processo os sócios da casa noturna, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão, acusados de homicídio simples de 242 pessoas e tentativa de homicídio de outras 636. Tatiana Borsa acredita que o julgamento, que começou na última quarta-feira, 1º, ainda deve seguir durante toda essa semana e a próxima.
A advogada alega que Marcelo não sabia dos riscos e acreditava que a boate era segura. “Eu não entro num shopping e pergunto sobre o sistema de segurança para alguém. Ninguém faz isso”, ressaltou. Borsa disse ainda que o réu ficou bastante abalado com o depoimento das testemunhas e sobreviventes. “Ele não gosta de mostrar porque acha que vão dizer que ele está se vitimizando.
Nós da defesa também ficamos bem abalados quando as vítimas falam. É um direito deles estar reclamando. Mas como eu sempre tenho dito, os responsáveis também somos nós que estamos assistindo, que estamos fazendo o júri, porque a gente nunca exigiu essa segurança que deveria ter”, defendeu. “Nós também somos responsáveis por tudo que aconteceu. Espero que não aconteça mais, mas não é isso que a gente está vendo nas festas noturnas. Continua a mesma coisa”, completou.
Por Victoria Bechara
Fonte: jovempan.com.br
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