Conselho de publicidade abre processo sobre 'lives' do cantor Gusttavo Lima

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bit.ly/3bgQfqD | O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) abriu ontem (14) uma representação ética contra as ações publicitárias realizadas nos shows "Live Gusttavo Lima - Buteco em Casa" e "Buteco Bohemia em Casa", do cantor Gusttavo Lima, transmitidos pelas redes sociais no dia 28 março e 11 de abril.

Segundo o órgão, o processo foi aberto "a partir de denúncias recebidas de dezenas de consumidores", que consideraram que as ações publicitárias realizadas pela Ambev "carecem de cuidados recomendados pelo Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária para a publicidade de bebidas alcoólicas".

A Ambev informou que envia aos artistas patrocinados em lives um guia sobre as regras do Conar, mas disse que algumas orientações não foram seguidas. A empresa disse que vai reforçar essas recomendações. A assessoria do cantor afirmou que "não comentará o caso" e que vai se manifestar perante o órgão no prazo legal.

A Ambev e o cantor podem enviar suas defesas ao Conselho de Ética, segundo o Conar, ou adaptar "de imediato o conteúdo publicitário das lives às regras éticas" — ou seja, retirar trechos da transmissão do ar.

Ainda não há uma data para o julgamento do processo. As decisões do conselho são apenas recomendações e não têm força de lei, mas costumam ser atendidas por anunciantes, veículos de mídia e agências de publicidade.

Consumo de cerveja 

A denúncia do Conar cita a "falta de mecanismo de restrição de acesso ao conteúdo das lives a menores de idade", além da "repetida apresentação de ingestão de cerveja, em potencial estímulo ao consumo irresponsável do produto".

Na primeira das apresentações, o cantor quebrou o celular, confundiu uma garrafa de cerveja com microfone e até mandou um recadinho para os credores. Foram mais de cinco horas de transmissão, com mais de cem músicas cantadas.

A direção do Conar destacou o "formato inovador da comunicação publicitária para o momento vivido pelo país", mas considerou que ela deve ser conciliada com os "princípios fundamentais da comunicação comercial do segmento, com a divulgação responsável de bebidas alcoólicas e sem fragilizar os cuidado para que não seja difundida a crianças e adolescentes".

Ambev diz que vai reforçar orientações 

Em comunicado, a Ambev afirmou que, "nesse momento de quarentena, sabemos que as lives de cantores e artistas assumiram um papel relevante e inovador para manter as pessoas dentro de casa e levar um pouco de entretenimento. Para promover a iniciativa, patrocinamos alguns desses eventos, sempre com o cuidado de assegurar as medidas de higiene e distanciamento social e com a devida orientação prévia aos artistas sobre as regras do Conar de publicidade de bebidas".

Segundo a empresa, foi enviado um guia aos artistas, "reforçando as regras do Conar". "Sabemos que em algumas lives, de forma totalmente espontânea, algumas orientações não foram seguidas. Estamos reforçando as regras dado esse novo contexto de entretenimento virtual e estamos mais do que nunca comprometidos com o consumo responsável de nossos produtos", declara a empresa.

Renato Pezzotti
Colaboração para o UOL, em São Paulo
Fonte: economia.uol.com.br

2/Comentários

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  1. Ridículo este processo, tem programas que faz pior e não vi nem uma representação do órgão em questão . Isso é apenas para agradar "emissoras " e entidades que não lucraram com as lives, demonstra apenas o quanto o Brasil precisa evoluir no campo seriedade .

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  2. O CONAR é apenas uma simples ONG sem legitimidade, e mesmo assim está agindo como um "tribunal"...

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