Júri popular absolve réu acusado de tentar m4t4r ex-companheira por env3nenam3nto, no Pará

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Via @portalg1 | Em uma decisão polêmica, o Tribunal do Júri absolveu o réu Reginaldo de Lima Sousa, acusado de tentar matar por envenenamento sua ex-companheira, Danielle da Silveira. O crime aconteceu em 9 de fevereiro de 2018. A decisão foi influenciada por divergências entre os laudos e os depoimentos apresentados durante o julgamento realizado nesta terça-feira (11) no Fórum de Justiça de Santarém, oeste do Pará.

O juiz Gabriel Veloso ressaltou a complexidade do caso. "Este é mais um caso de tentativa de feminicídio que o Ministério Público pede que seja levado a júri, acusando um homem de tentar matar sua ex-companheira por envenenamento devido ao fim do relacionamento”, informou.

O Ministério Público solicitou a condenação do réu por tentativa de feminicídio qualificado por meio cruel, pelo uso de veneno. A defesa, negou a materialidade do crime, alegando que não houve envenenamento, mas sim uso de cocaína pela vítima, e ausência de autoria, argumentando que o réu não teria fornecido a droga a ela.

No exame toxicológico da vítima foi encontrado apenas cocaína, segundo informou o juiz Gabriel Veloso.

Reginaldo de Lima Sousa não foi encontrado para ser intimado e não estava presente no julgamento, tendo sido intimado por edital. Sua filha esteve presente no plenário e a versão do réu foi apresentada aos jurados por meio de um vídeo.

O que diz a vítima?

De acordo com relatos da vítima, o acusado, inesperadamente, surgiu com sorvete misturado à "coca-cola". Após o consumo, a vítima começou a passar mal e pediu que o ex-companheiro a levasse à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Ainda de acordo com Danielle, Reginaldo, no meio do caminho, parou o carro para fazer compras em uma loja, e a deixou sozinha no veículo enquanto fazia compras. O mal-estar da vítima piorou, e ela conseguiu pedir ajuda a uma terceira pessoa, que chamou Reginaldo.

Mesmo assim, ele não a levou imediatamente ao médico, mas a conduziu de volta à sua residência e depois à casa dela. Na casa de Danielle, Reginaldo a sufocou com um travesseiro após ela pedir que ele saísse do quarto. A vítima conseguiu acalmar o acusado e, com a ajuda de outra pessoa presente, foi finalmente levada para atendimento emergencial.

O que diz o Laudo Médico?

O laudo médico confirmou que Danielle deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) apresentando sintomas compatíveis com intoxicação exógena por carbonatos/organofosforados. Ela permaneceu internada por dois dias até receber alta médica.

Por Gleilson Nascimento, g1 Santarém e Região — PA
Fonte: @portalg1

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